quinta-feira, 8 de julho de 2010

Amor nos tempos da web

Ou um guia em forma de poesia de como identificar sinais de interesse nas redes sociais

Like no post é amizade
Comentário é amor
Comentário "gostei" é paixão burra
Presente no Farmville é flerte
Comentário na foto é sexo
Foto dos dois no perfil é casamento

Um reply no twitter é amor
RT é admiração
DM é namoro
Acompanhar o Foursquare é ciúme

Adicionar no MSN é amor
Música no status é coração partido
Já frase misteriosa é amor platônico
(L) é namoro
♥ é flerte


Despedir com abraço é indiferença
Com beijo é amizade
Beijos é amor
Beijão é sexo
Bons sonhos é namoro

No final, se encontrar offline, é muito amor
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quarta-feira, 28 de abril de 2010

Errados nas 3 dimensões

Ainda recebo releases por email da época que eu era jornalista de verdade e, ontem, veio um com o seguinte título: FNAC INICIA PRÉ-VENDA DE TVs 3D. Depois vejo notícias que até O Chamado 3 será em 3D.
Enfim, eu acho idiota essa banalização do 3d. Me irrita e também irrita o James Cameron, um cara que usou tão bem o recurso, ganhou tanto dinheiro com esse troço e acabou motivando todo e qualquer filme ser agora em 3d.

Mas então, é só dinheiro que motiva esse boom tridimensional? É, os ingressos são realmente mais caros. No Cinemark Botafogo, um adulto (honesto) pode ver Alice em 3D no final de semana pagando 21 reais. Nos Eua, o preço do 3D (não é o IMAX) custa em média 16.63 doletas. O preço alto do ingresso obviamente engorda o box office do filme consideravelmente.
A mania está tão forte que, quem diria, agora serão vendidas tvs 3D! Na verdade na FNAC será disponibilizado um kit da Samsung com a tv, um leitor blue-ray de 3D, dois óculos ridículos e um dvd de Monstros e
Alienígenas, claro, tridimensional. Ah, e pelo preço desse kit, o 3D ainda não pode ser considerado banalizado. A televisão custa entre R$ 5.699,00 e, pasmem, R$ 15.999,00. Mas ainda é necessário comprar blue-ray de R$ 1.399,00 e o dvd de Monstros e Alienígenas que dá os óculos de brinde (pelo menos isso) por R$ 269,00. Claro que o release não faz essa conta, mas eu faço. O total é de R$ 7.367 para a televisão mais barata de 40 polegadas.

O
que dizem é que o uso do 3D é uma revolução tecnológica que irá mudar o modo de vermos filmes e televisão (é o que diz o release da FNAC). Eu ainda estou na dúvida se é uma "moda" ou realmente a maioria dos filmes será lançada em três dimensões. Obviamente que Avatar mudou o jeito de fazer filme 3D pois contou com recursos técnicos muito legais, deixou tudo muito bonito e não deu dor de cabeça (para as pessoas que perceberam que NÃO pode focar os olhos na legenda). Mas a tecnologia parace que teve um retrocesso e agora os filmes 3D jogam as coisas na tela na sua cara de novo, como faziam desde Pequenos Espiões 3.

O James Cameron está cheio de razão quando diz que está irritado com essa
mania. Ele cita em entrevista ao Aceshowbiz o exemplo de Fúria de Titãs, filme que seria lançado mas teve a estreia adiada para "virar" 3D. Isso prova que os estúdios não estão colocando o filme em 3D para "enriquecer a experiência cinematográfica". É só para ganhar dinheiro mesmo.
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quinta-feira, 1 de abril de 2010

Maçã pelo preço de ouro, pois ouro vale mais do que dinheiro!


No próximo dia 3 será lançado o Ipad, o esperado tablet da Apple que todos querem ter por ser lindo e touchscreen. Ninguém sabe exatamente quantas unidades do gadget devem ser vendidas no dia de lançamento entre os preços de $499 até $829, mas, com certeza, vai esgotar. A Apple pretende ainda exportar, principalmente para a Ásia,
cerca de 8 a 10 milhões de iPads em 2010.
Mas quer saber? Isso não importa NADA para os moradores aqui do sul que não terão acesso ao iPad com internet e preço justo. Todo mundo vai ter, menos a gente.

Somos excluídos por algum motivo importante. O Brasil por exemplo é a oitava maior economia do mundo, possui um mercado consumidor enorme que adora comprar porcarias eletrônicas... Mas existe um obstáculo muito maior para a Apple (e muitas outras marcas de eletrônicos) não ter o Brasil como uma opção: os impostos anormais.

E quando digo ANORMAL, não é um exagero. O gráfico (que você pode ampliar clicando AQUI) mostra em várias cores o que quero explicar: Não há lugar que a Apple seja mais cara do que no Brasil. Nesse gráfico eles comparam o preço do laptop mas dá no mesmo se usarem o iPod, o iPhone, o preço do cabo do iPod...


Vou explicar com números (apesar de ser horrível com eles) o tamanho desses impostos. Um iPorcaria custa 100 reais (pense que já convertemos o preço em dólar para real e deu isso). O imposto de importação é de 20%. Então o iPorcaria sobe para 120 reais. Aí tem o IPI, imposto para produtos industrializados, que é calculado nos 120 reais. A taxa do IPI é de 50% então o iPorcaria já custa 180 reais. Depois existe o ICMS (Imposto sobre circulação de mercadorias e serviços) de 18%, então agora o iPorcaria custa 212 reais! Ainda há outros custos para a empresa como o transporte, então óbvio que o preço ainda vai aumentar um pouquinho.

O governo não vê os gadgets como produtos essenciais então não há interesse algum em diminuir essas taxas. Ainda há muita venda irregular no Brasil (leia-se contrabando) e pirataria (espcialmente no caso dos jogos, outro produto taxado sem perdão no país) o que não incentiva qualquer investimento no país. É um ciclo. Não há muita esperança para isso melhorar por enquanto.

No caso do iPad, que têm internet 3G, a coisa é mais complicada. O serviço aqui é bem mais caro que no resto do mundo então, se um dia chegar o tablet no Brasil, será a versão pobre dele e por um preço exorbitante. Viver no terceiro mundo é isso aí.
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quinta-feira, 4 de março de 2010

Como era a internet quando eu comecei a usar internet

Inspirada na matéria da Wired que, ainda bem, você pode ver com todo o design legal AQUI, lembrei de como era minha vida nos primeiros anos de internet no Brasil.

Só existia o site da Uol em português. Eu botava o discador para funcionar, ia pegar um refrigerante e só quando eu voltava que a internet estava conectada. Eu era uma sortuda por usar um número de Niterói para conectar a internet, os números da capital viviam ocupados. A página inicial era o Uol, bem diferente da atual e com uma fraca atualização. Lia algumas coisas, achava tudo chato e aí entrava em alguns sites americanos. Entrava bastante na da Disney mas, como tinha muitas fotos, demorava uma eternidade para carregar.

Adorava gifs animados que achava em sites pessoais do geocities. Para achar gifs novos eu entrava no Yahoo e digitava para procurar gif. Sabia que em inglês era igual a português. Entrava em muitos sites que não entendia nada que estava escrito para achar as figuras dançantes. Deve ter sido em uma dessas buscas que vi pela primeira vez um pornô, só lembro que tinha muita propaganda nas páginas e elas deixavam o carregamento da página ainda mais lento. Odiava o gif de plaquinha de construção que estava em todos os sites. Também achava ridículo o dragão do Netscape.

O bate papo da Uol era a coisa mais famosa e meus amigos do colégio (os poucos que conheciam internet) só conheciam esse bate papo. Entrava algumas vezes e tentava marcar com as pessoas que eu conhecia em alguma sala vazia, lá depois da sala 40. Não dava sempre certo.

Eu não sabia usar email direito. Tínhamos um email da família pois o provedor creioq ue só ofereecia um único endereço. Eu nem sabia usar email então não me importava muito com isso. Nem tinha nem vontade de enviar email até eu entender no site da Sailor Moon que eu podia pedir umas imagens das sailors e recebê-las no email.

Era um perrengue. Eu não tinha nem site para entrar, eu nem sabia o que era interessante fazer na internet. As imagens estavam sempre quebradas então nem bonito aquilo era. A única coisa que me deixava fascinada era saber que podia ler o que alguém escreveu num lugar muito longe.

Hoje em dia a internet ainda me surpreende. Não podia imaginar algo como o Chatroulette, por exemplo(apesar de ser um site especificamente para se exibir na webcam mas... que site na net não serve para se exibir?). Faço previsões meio malucas para daqui a dez anos como "o desktop vai ser minoria" mas é tudo inesperado. Eu só espero que o orkut acabe, só isso.




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quinta-feira, 11 de fevereiro de 2010

Caminho sem volta

Ficar viciado algo na internet é muito fácil. Um site, um jogo... Está tudo tão acessível.
Por isso fiz uma lista com as coisas que podem viciar rapidamente e que ameaçam sua vida social logo depois do primeiro clic


1- Mafia Wars e Farmville
Esses jogos (e todos os outros genéricos do facebook) encantam no primeiro contato. Um eterno morador de apartamento descobre que agora pode criar coelhos, patos e elefantes. Um nerd descobre que pode vender drogas, armas e aliciar prostitutas. Pois é. Rapidamente o novo usuário do facebook está viciado e, para alimentar seu vício, enche a wall dos seus amigos de pedidos bizarros e animais para adoção.


2- 4chan
Um imageboard originalmente de fãs de anime é algo prejudicial. Agora, se esse site tem uma área /b/ onde pode ser postada qualquer imagem sem critério é OBVIAMENTE prejudicial. Os primeiros acessos ao 4chan , para satisfazer a curiosidade, já criam a necessidade da pessoa das F5 infinito na página (o negócio é atualizado tão frequentemente que dá para só atualizar a página que todas as fotos já mudaram). E como o 4chan não é um site que dá para abrir em local público, a pessoa fica louca para chegar em casa e passar as madrugadas vendo imagens randômicas. O auge do vício é quando o usuário bota a fotos do pau (ou dos peitos, depende do que a pessoa pode oferecer) e pede para darem nota. Aí não tem volta.


3- Fuck my Life
Ler histórias dos outros é bom. Ler histórias de outras pessoas se ferrando é ótimo. Mas, ficar o dia TODO lendo histórias de pessoas que se fuderam no Fuck my Life (conhecido como FML) não é natural. O site fica ainda mais interessante quando você começa a caracterizar as histórias em "I agree, your life sucks" ou "you totally deserved it". Mexer com a vida dos outros é sempre atraente.


4- Lookbook.nu
Provavelmente o problema é algo estritamente feminino mas o Lookbook.nu é fonte de inspiração para muita menina que quer adotar um visual diferente na roupa. São páginas e páginas, muitas fotos, até encontrar um visual para copiar. Obviamente 96% dos looks são impossíveis na vida real por não serem aceitos socialmente. Ninguém se importa, é legal ficar passando as fotos.


5- Qualquer comic diário
Depende do estilo para saber qual comic é mais viciantes. Alguns gostam do humor negro de Cyadine and Hapiness . Nerds preferem as complicadas tirinhas xkcd (que tem inclusive um site atualizado diariamente com as explicações para as tirinhas, um achado para quem quer fingir ser nerd, se é que existem pessoas que querem fingir serem nerds). Existe também Penny Arcade que também é nerd, mas é voltada para os games (ou não, estou chutando isso pelo pouco que li). Enfim, depois de um tempo algumas dessas páginas vira sua página inicial, o que é meio pertubado.


6- Orkut, óbvio
Uma checada no orkut é assim:
Mmm... nãoseiquem me deixou um recado. Vou responder o recado de nãoseiquem. Quem é essa pessoa na página de recados dizendo que saiu com ele ontem? Pelo perfil, é uma piranha. Ele respondeu a piranha! Mas parece que ela tem namorado, deixa eu ver se acho. Pelos depoimentos, ela deve namorar esse cara aqui. Olha, ele também faz Engenharia na UFRJ.... Uma fofoca ETERNA! Saia dessa.

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